Tinta bioativa pode a ajudar a prevenir infecção hospitalar
A tinta muda de cor quando em contato com certos contaminantes
Em hospitais e consultórios médicos, manter as superfícies e roupas livres de bactérias é primordial. No entanto, nem sempre é fácil detectar onde os microorganismos se escondem. Pesquisadores da Universidade de Tufts descobriram uma maneira de resolver o problema com a ajuda de uma impressora a jato de tinta e um novo tipo de tinta bioativa. A equipe liderada pelo professor Fiorenzo Omenetto criou uma biotinta de seda e a usou para imprimir em luvas hospitalares. A tinta muda de cor quando entra em contacto com certos tipos de bactérias.
A equipe de Omenetto fez um par de luvas hospitalares com a palavra “contaminado” impressa num dos dedos com tinta de seda misturada com polydiacetylenes. Estas tintas reagem quando entram em contato com a bactéria E. coli, transformando o texto do azul para o vermelho. Os cientistas têm sugerido já há algum tempo que a impressão a jato de tinta pode ser bem adequada para aplicar moléculas bioactivas a uma variedade de superfícies, mas por serem os componentes bioactivos muitas vezes sensíveis ao calor, os biossensores impressos frequentemente perdiam a sua funcionalidade logo após a impressão.
Omenetto, professor de engenharia biomédica na Universidade de Tufts, debruçou-se sobre as características únicas desse “novo e ancestral material” chamado seda por vários anos, como ele explicou em um TED Talk, em 2011. A proteína da seda purificada ou fibroina, oferece resistência intrínseca e propriedades de proteção que a tornam ideal para uma variedade de aplicações biomédicas e optoeletrônicos. “Este polímero natural é um “encapsulador” ideal que pode estabilizar compostos tais como enzimas, anticorpos e fatores de crescimento, enquanto prestando-se a muitos formatos mecanicamente robustos e diferentes”, disse Omenetto. As propriedades da seda levaram ao maior avanço no projeto: uma formulação de tinta que é fácil de imprimir e ainda lavável.
Fonte: Portalenf